sábado, 15 de dezembro de 2012

Em busca do horizonte Azul - Parte VII - Capítulo Final


                Cada dia e cada decisão que tomamos muda o curso da nossa história, mesmo sobre tempos difíceis, todos os homens tem a possibilidade de escolher o seu próprio destino, a vida deu-me esperança quando estava prestes a ceder, deste dia em diante irei contar a minha história enquanto luto por ela. Que sirva de legado a esse novo mundo que espero que a minha filha e os seus filhos um dia venham a herdar.
                Uma vez que nos desabituamos a mover-nos sobre qualquer tipo de veículo, viajar transforma-se na estranha sensação de estarmos a ser transportados no tempo, vendo a vida passar como lembranças que se evaporam em segundos.
                O terreno ia se transformando a cada distância percorrida. Foram três longos dias de estrada, de noite parávamos pelo caminho para descansarmos e abastecermos. O lobo que pouco a pouco fui intitulando de “Gray” tinha-se rendido ao afeto humano, por mais que o aborrecesse a sua reputação de fera estava irremediavelmente estragada, repousava o focinho sobre as minhas pernas durante a viagem e adormecia, recuperava todos os sonos perdidos em que me seguiu por aquele deserto a fora, em que por momento nenhum desistiu do seu último amigo. Gostava de ter a sua força e o seu empenho.
                O fim da viagem revelava por entre as nuvens o Cristo Redentor de braços abertos, o mundo permanecia sobre o seu silêncio tenebroso, ou talvez precisássemos apenas de nos aproximar mais um pouco.
                Os soldados da Tribo comunicavam via rádio. Numa das conversas de Ernesto percebi que procuravam manuais de voo, se seguisse a lógica do fim de uma era onde a salvação dependia de transportes aéreos, chegava facilmente à conclusão que nenhum homem que soubesse pilotar um avião ficaria no continente americano. Se procuravam manuais de voo, é porque tinham descoberto um avião intacto. Optei por manter em segredo o facto de ter sido piloto da força aérea Norte americana. Quando chegasse o momento oportuno usaria o conhecimento num benefício nobre, uma vez que o interesse dos meus companheiros de viagem era apenas destruir.
Descemos das viaturas, um nevoeiro cobria a madrugada da cidade, noutros tempos seria um amanhecer silencioso, no entanto teria vivido os últimos tempos no silêncio, conseguia decifrar vários tipos de silêncio, neste silêncio em particular conseguia quase ouvir o bater das centenas quase milhares de corações humanos batendo inquietos, aguardando mais um dia que poderia eventualmente ser o último.
Por entre o nevoeiro formaram várias figuras. Os soldados cumprimentaram-se à medida que encontravam outros soldados, escutava vários idiomas, havia inclusive alguns americanos entre eles, preferi não socializar, independentemente da língua e da cultura, os seres humanos eram quase todos iguais naquele lugar.
Um homem vestido com uma farda militar toda aprumada dirigiu-se a Ernesto, percebi logo que era um dos fundadores da nobre causa “Dos defensores da paz”.
- Só conseguiste esses pobres coitados? – Pergunta ele a Ernesto.
- Só existe cinzas no norte Julian, temos de nos desenrascar com o que temos.
- Conseguiste os manuais?
- Não mas os meus homens em São Paulo continuam à procura.
Julian trocou um olhar pelos novos reforços que chegaram…
- Algum de vocês na outra vida teve formação de voo?
                Permanecemos todos em silêncio como era de esperar, o homem deteve o seu olhar sobre mim durante alguns segundos.
                - Pensei que houvesse só cinzas no Norte, no entanto trazes-me um gringo?
                - Encontramo-lo perto do Panamá! Ele é de confiança! – Intervém Ernesto…
                - O que fazias antes da guerra gringo?
                - Era soldado, infantaria! – Respondi sem hesitar…
                - Muito bem! – É disso que precisamos!
                - E encantador de lobos em part-time! – Comenta um dos soldados sobre gargalhadas.
                Julian voltou-me as costas e seguiu, observava tudo ao meu redor, tentava estudar a área, tentava perceber onde estavam os civis, o meu coração pulsava violentamente, sabendo que a minha família poderia estar a pouco metros de mim, ou simplesmente do outro lado da cidade. Segurei o Ernesto pelo braço à medida que se afastava…
                - Preciso saber onde está a minha família. O que vamos fazer agora!
- Meu amigo, isto não é um safari, e os soldados aqui não fazem perguntas, limitam-se a aguardar ordens!
- Eles não tem nenhum motivo pelo qual questionar. Eu tenho, por favor. Preciso saber! Eu vou cumprir com o que me pediste.
Ernesto observa-o irritado, mas lentamente cede…
- Não existem civis neste lado da cidade. Apenas a base de operações desta Tribo, existe um arranha-céus no centro da cidade, onde estão alguns estrangeiros que a outro tribo considerou terem algum valor para futuras negociações. O edifício não é guardado, nem os civis são prisioneiros. Ninguém saí porque sobreviver cá fora é complicado. Sei apenas que nos últimos tempos não tem vivido nas melhores condições, todos os homens e ainda algumas mulheres foram incorporadas no exército da tribo. Restaram apenas alguns idóneos e crianças que aguardam a maturidade para terem algum uso, enquanto os idóneos apenas aguardam a morte. Se houver perto de cem pessoas nesse edifício será muito. Queres continuar a acreditar que a tua mulher está viva? Ou preferes de uma vez por todas encarar a realidade?
- Porquê que procuram manuais de voo?
- Existe um avião de transporte intacto no território da outra tribo. Nós vamos roubá-lo enquanto a tribo investe num ataque surpresa.
- Para quê que o Julian quer um avião?
- Olha à tua volta Jason? Vês algum paraíso no qual queiras passar o resto da tua vida?
- Os soldados sabem disso?
- Não, são demasiado burros para perceber. Assim que o Julian tiver conhecimento de voo, ele vai para a Austrália.
- E vai abandonar a causa?
- Acho que não percebeste gringo! Depois o ignorante sou eu?
- Elucida-me por favor!
- Ele não quer o Rio de Janeiro ou a Austrália! Ele quer o mundo inteiro, não vai abandonar a guerra refugiando-se nas colónias que ninguém sabe como estão. Ele quer invadir o país. Com fogo e sangue.
Observava a sinceridade com que o Ernesto me descrevia a mente monstruosa de Julian, senti uma certa tristeza pelo estado do mundo, aquele era o renascer das cinzas, aquele era o futuro dos nossos filhos, aquele era o motivo pelo qual centenas de pessoas iriam morrer nos próximos minutos. Seguindo simplesmente a loucura de uma mente.
- Eu gosto de ti gringo! Existe bondade em ti, mas temo por essa bondade. No mundo não se sobrevive mais com bondade, a sobrevivência está em saber escolher o menor dos males.
- Se vou morrer em breve, que seja como um homem de princípios, os princípios que os meus pais me deram. Princípios que o mundo se esforça arduamente para esquecer.
Virei-lhe e saí caminhando noutro sentido…
- Aonde é que vais soldado? Não podes abandonar a Tribo!
Escutei o rodar de um revólver, a arma de Ernesto estava apontada a mim, a opção livre que me tinha prometido acabava de expirar…
- Não me deixas alternativa, seu idiota, vou dar-te um atalho para ires logo ter com a tua família nos quintos dos infernos.
Antes que pressionasse aquele gatilho o maxilar de Gray já estava fechado sobre os seus dedos, o tiro saí passando a poucos metros do alvo, Gray investiu novamente sobre o Ernesto abocanhando-o pelo pescoço, jogando o corpo do homem sem vida sobre o chão. Escutei o som de homens correndo alvoraçados até nós. Tinha um dos jipes ao meu alcance, peguei o revólver do Ernesto e meti-me dentro do jipe. Gray não aguardou o convite, saltou de imediato para as traseiras do veículo que arrancou a fundo derrapando os pneus no asfalto. Logo estaria no meu encalço, fosse qual fosse o plano que iria construir nos próximos segundos teria de envolver um grande alvoroço de modo a acordar aquela cidade fantasma.
Nas traseiras do jipe tinha uma metralhadora russa carregada, peguei-a enquanto conduzia a alta velocidade pela longa avenida e disparei alguns tiros para o ar. Isso colocaria a segunda Tribo em alerta, Julian iria ter de repensar a sua estratégia e eu ganharia ainda mais tempo. Avistei ao fim de alguns quilómetros o enorme arranha-céus ainda intacto. Saí do jipe de arma em punho o local permanecia em silêncio, o Gray seguia-me de cabeça baixa, um verdadeiro soldado que me salvara a vida mais que uma vez. Contornamos o passeio por uma rua transversal, observávamos os telhados dos edifícios em busca de atiradores furtivos mas o trajeto permanecia livro. Corri até à porta principal e entrei no edifício, o meu coração disparou de tal forma que tive de me debruçar por alguns momentos para recuperar o fôlego. Um homem saiu de um dos corredores empunhando uma faca, lançou-se a mim furiosamente, no último segundo travei-o embatendo com a metralhadora no rosto. Dei-lhe uma joelhada no estômago, curvando-se atingiu-o novamente com a metralhadora nas costas fazendo-o desfalecer sobre o chão. Chamei o Gray que inspecionava os arredores e dirigimo-nos para as escadas. Lá fora o som de explosões tiros e gritos começou a ecoar. A batalha das tribos tinha começado. Felizmente o homem que sabia dos meus planos, da minha mulher e filha estava morto. Tinha de aproveitar tudo o que tinha a meu favor. Alcancei o último piso quase sem fôlego, centenas de pessoas encolheram-se quando me viram dobrar a esquina que me conduziu aquele enorme compartimento. Um vigésimo quinto andar com paredes exteriores de vidro davam uma vista magnífica para a cidade que encontrava agora o sol da manhã. O nevoeiro tinha-se levantado enquanto fazia a minha maratona de vinte e cinco andares.
As pessoas olhavam-me aterrorizadas, muitas crianças e mulheres…
- Não tenham medo, eu não vou vos magoar!
Lentamente percebi-me que o mais os assustava não era a minha metralhadora, mas sim os dentes afiados atrás de mim…
- Importas-te de sorrir uma vez na vida? Estás a assustar as pessoas!
Voltei-me para a multidão e gritei…
- Cíntia e Sophie Goldberg!
O silêncio permaneceu após os nomes, as pessoas trocavam olhares entre si dando a entender que desconheciam as pessoas em questão. O meu coração desfaleceu naquele momento caí desconsolado sobre as minhas pernas, aquele era o limite das minhas forças, o auge da minha fé tinha desmoronado, não haveria qualquer plano após o meu fracasso. Talvez o seu destino, o motivo pelo qual estaria vivo e teria alcançado aquela torre, seria de salvar aquelas pessoas, coloca-las num avião rumo à Austrália. Valia a pena salvar vidas quando a minha tinha irremediavelmente acabado, enquanto meditava no meu próximo passo relâmpago, uma vozinha doce e meiga por detrás de mim soletrou…
- Pai? 

Voltou-se lentamente rendido ao chamado e o seu mundo parou, a guerra que decorria lá fora permaneceu em silêncio enquanto os seus olhos lacrimejados contemplavam a sua filha Sophie, uma criança de oito anos devolvia-lhe um olhar choroso e correu em seguida até aos seus braços apertando-o com força sem conseguir conter o choro. A alegria momentânea de Jason não conseguia contornar o desespero que tinha em saber da sua esposa, logo afagou-lhe as lágrimas dos olhos…
- Filha, a tua mãe? Onde está?
Uma senhora de idade interrompeu-os…
- Você é o Jason Goldberg, a Cíntia falou-nos muito de si. Ela nunca desesperou, acreditou em todas as suas forças que tu virias um dia por ela, por todos nós. És piloto não és?
Com algum receio o Jason respondeu que sim…
- Eu sei onde está o avião, o meu marido ia nos levar no dia da grande guerra, mas não viveu para fazê-lo. E assim permaneceu escondido até recentemente ambas as Tribos saberem da sua existência e de estar apto a viajar. A tua mulher levaram-na a duas semanas, descobriram que ele era médica e puseram-na a tratar de soldados feridos.
- Onde é que ela está?
Um velho dos seus setenta anos levantou-se e aproximou-se dele…
- Eu levo-te até ela. Mas prepara-te para enfrentares fogo.
- Tenho 25 andares para descer, não posso ir a passo de caracol, desenha-me um mapa porque o tempo escapasse.
Assim o fez, desenhou o trajeto até à base da Tribo e a morada do armazém onde estava o avião…
- Estamos a confiar-te a nossa última esperança…
- Formem fileiras de dez pessoas e sigam até ao armazém, são duas quadras, mantenham-se escondidos caso soldados das Tribos apareçam, fica com este revólver, é melhor que nada. Se eu não aparecer até o por do sol… Regressem à torre e… cuidem bem da minha filha.
- Não te preocupes Jason!
Desci as escadas em corrida, seguido pelo Gray. Entramos rapidamente no Jipe e seguimos a estrada que o velhote indicara. Sentia o som da batalha muito perto, alguns tiros começaram a cruzar o jipe. Atiradores tentavam abater-me.
Um tiro atingiu a roda do Jipe fazendo-o capotar na estrada. O Gray saltou antes que o carro embatesse contra o asfalto. Eu não fui tão rápido, senti algo perfurar a minha perna esquerda no impacto. Dolorosamente arrastei-me por debaixo do veículo procurando um abrigo. A poucos metros o Gray abatia à dentada um soldado que se aproximava. Alcançou-me preocupado cheirando o ferimento.
- Eu estou bem Gray! Vamos, não podemos perder tempo.
Movia-me dolorosamente coxeando de uma perna, ao final da rua existia um enorme hospital o qual a Tribo utilizava as instalações para vários fins. Entrei sem me preocupar mais com a cautela, dezenas de pessoas tratavam de homens feridos, carbonizados, cenários que me trouxeram à memórias tempos que julgava ter esquecido. Tentei ignorar os gritos e os odores de morte, foquei-me em encontrar apenas a Cíntia. As portas principais abriram-se, três soldados procuravam pelo gringo. Estava a ficar famoso! Teria de me transformar num assassino naquele futuro próximo, muitas vidas dependiam de mim, agachado na esquina do corredor disparei sobre um dos homens que tombou contra o chão. Os outros dois desviaram-se procurando cobertura e começaram a retribuir fogo cerrado. O pânico instaurou-se ainda mais, logo o tiroteio iria atrair mais soldados. As coisas começavam a complicar-se. Saltei por cima de uma maca sentindo as balas passarem rentes ao meu corpo. Corri pelo corredor vago tentando sobreviver mais uns segundos foi então que a vi, linda como desde o primeiro dia em que a conheci, atarefada sobre um paciente que morria em cima da mesa os seus olhos num instante cruzaram os meus, quando me reconheceu, não teve como se conter. Caiu de joelhos e começou a chorar. Corri até ela abraçando-a.
- Temos de sair daqui, os soldados querem matar-me! Eu sei do avião, vou tirar todo o mundo deste lugar.
- Eu sei que vais! Esperei uma eternidade por este dia!
- Conheces as instalações? Consegues pôr-nos o mais rápido possível fora daqui?
- Segue-me!
Alguns segundos depois corriam os dois pela estrada, Jason ignorava as dores, se conseguissem sobreviver aquele dia iria ter muito tempo para se queixar. Não havia nenhum veículo por perto tiveram de correr três quilómetros sem parar até que alcançaram o armazém. Os civis já lá estavam.
              - Ajudem-me a abrir estes portões.
 A luz invadiu o interior do armazém. Era um avião de carga com capacidade para todos e com porte suficiente para atravessar um oceano. Observou o combustível permanecia atestado durante todo aquele tempo, dentro da cabine havia uma mapa de navegação e uma fotografia de Sydney a capital Australiana. O velho piloto construiu o seu sonho e não viveu para concretizá-lo.
Os jipes de Julian pararam lá fora, Jason precipitou-se em embarcar todo mundo e correu com a metralhadora para junto dos portões, o velho de nome Celso puxou do revólver e acompanhou-o juntamente com Gray.
Eram seis soldados com o Julian, aproximavam-se armados. Jason sabia o que tinha de fazer, era única salvação que tinham, e assim fez disparou rapidamente sobre dois soldados os outros responderam com fogo pesado fazendo-o recuar. O velho precipitou-se e Julian atingiu-o com um tiro certeiro no peito. Jason tentou amparar-lhe a queda mas quando o segurou já estava morto. Investiu novamente em fúria atingindo outro soldado. O Gray atirou-se contra outro derrubando-o enquanto o esquartejava contra o chão. Julian preparava-se para abater o lobo enquanto o Jason derrubava outro soldado, e avançava em corrida contra o Julian, no último instante Julian optou por atirar em Jason que caiu estendido sobre o chão. Gray observando-os atirou-se a Julian que defendeu-se atempadamente com um tiro, o animal ignorou a dor e cravou os seus dentes no pescoço de Julian, lentamente ambos perderam as forças e caíram sobre terra.
 Jason levantava-se entre gemidos, a bala permanecia dentro de si a poucos centímetros do coração. Continuava a lutar contra a morte, o lobo permanecia imóvel sobre o chão, pegou-o com dificuldade nos seus braços trazendo-o para o interior do armazém, caiu de joelhos sobre o chão segurando o animal nos seus braços enquanto o mesmo desfalecia lentamente.
- Eu avisei-te que isso de andares comigo ia ser o teu fim! – Tentou brincar mas não se conteve, o seu amigo estava a morrer nos seus braços…
- Vá lá Gray, tu consegues sobreviver a isto. O que é isto em comparação à travessia do enorme deserto americano? Não vás!
Gray parecia aceitar o seu destino melhor do que o Jason que não se conformava, Cíntia observava-o de longe, sentia admiração pelo homem que ele era. Por vezes os piores momentos revelam as melhores pessoas. O curso da vida dita aquilo que somos consoantes os obstáculos que enfrentamos. Esse era o inevitável curso das histórias que ouvimos e nos fazem meditar, nos servem de base e princípios.
Coloquei o meu velho amigo sobre o chão abraçando-o uma última vez.
- Adeus Gray, até à próxima viagem!
Corri saltando para a cabine do avião, os braços da Cíntia contornavam o meu pescoço, não me iria soltar mais por nada deste mundo. O avião arrancou pela estrada, foi alvo de alguns tiros que não impediram a sua conquista dos céus. Em poucos segundos o Rio de Janeiro foi encolhendo por entre as Janelas, despedi-me da grande estátua de braços abertos que tentava abraçar um mundo perdido. O sol brilhava agora em todo o seu vigor e o horizonte era mais azul do que nunca. Pensei naquela cidade linda que ficava para trás, pensei no meu país que ficou reduzido a cinzas, pensei no ser humano e naquilo que nos define. Pensei no poder de uma simples ideia.
Uma ideia contamina um homem bom, muda a mente de uma nação, altera o destino de uma geração, muda o futuro do mundo e o curso de todas as coisas.
Uma ideia que ganhe vida pode ser a arma mais perigosa à face da terra. Enquanto o mundo perece, renasce e volta a perecer perante as inevitáveis ideias dos homens. Resta-nos permanecermos verdadeiros a nós mesmos, e fiéis aqueles que amamos. Com o amor vivo o mundo dentro de nós nunca será abalado…
 
Fim
(Joel Flor)

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