sexta-feira, 25 de março de 2011

Vida


Vida, guia-me nos teus caminhos

Aquece-me no sol dos teus encantos

E conforta-me na ausência da tua luz

Sustém-me nos balanços do teu barco

Encoraja-me perante as ondas do teu mar

Guarda-me do fogo que queima a alma

Do frio que consome a esperança

Solidifica-me no amor e nos seus encantos

Na primavera do tempo

Que sobre terra seca gera as suas flores

Vida, não me afastes daqueles que amo

Edifica um castelo com os seus nomes

E por mais que o tempo me açoite

Por mais que as memórias me alimentem

Nunca me tires os meus sonhos

Joel Flor

25-3-11

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Luz das Trevas

Rodrigo Martins era uma criança orfã como muitas outras, não tinha sonhos ou ambições, preservava apenas a música como herança dentro do seu coração quebrado, até que um dia, escutou uma melodia tocada pelos anjos.
Aquilo que era uma herança se transformou em algo tão poderoso, impossível de se descrever pelos meros mortais. Pelo som do seu violino conseguia tocar directamente na alma de tal forma que até a própria natureza se manifestava ao seu redor.
Um romance onde a música e o amor caminham de mão dadas.

Espero brevemente partilhar "A luz das Trevas" com todos aqueles que apreciam a minha escrita.

terça-feira, 8 de março de 2011

Lançamento do livro "Espírito Selvagem"

Minhas Senhoras e meu Senhores, muito boa tarde!


Em primeiro lugar gostaria de vos agradecer a vossa presença e de igualmente agradecer ao autor Joel Flor por me ter honrado com o convite k me endereçou e apresentar-lhe pessoalmente os meus parabéns por esta sua obra, bem como agradecer Edium Editora na pessoa do seu Director Jorge Castelo Branco, assim como à incansável Isabel Fontes, que me dá o privilégio da sua Amizade!

Falar sobre espíritos e ainda por cima selvagens, não se me apresenta de todo uma tarefa fácil!Este livro k desejo antecipadamente venha a estar nas vossas mãos, para o poderem devorar, tal como eu o fiz, propõe-nos uma série de viagens, através de uma única... e aqui começará o nosso interesse a ser despertado!Tentarei não cair na tentação de desvendar o trama deste romance, o que também não será labor facilitado, mas aqui fica desde já a promessa!Entrar através da escrita no universo onírico, em patologias médicas que abarquem e tratem os insondáveis segredos da mente humana, tratar da vida real através dos sonhos/pesadelos que nós próprios criamos por diversíssimas razões, desde as mais banais e corriqueiras até às mais elaboradas, cheias de metáforas e de signos quase – ou aparentemente imperceptíveis e de difícil significação, é mais trabalho para um qualquer Hércules do que aparentemente para um simples mortal.Pois foi exactamente esse caminho tortuoso e cheio de espinhos a que Joel Flor se propôs e nos pretende conduzir através deste seu livro, “Espírito Selvagem”!Posso desde já adiantar-vos que esta não se trata de uma obra académica, cheia de definições e noções estranhas e de difícil compreensão, nem de palavras complicadas que vos levem a ter sempre à mão um dicionário de português.Entre os ou as personagens que irão polvilhar o nosso imaginário, poderemos encontrar mecânicos, uma família de classe média/baixa com os respectivos filhos e um médico psiquiatra. Todos estes/estas personagens são de uma densidade dramática perfeitamente arrebatadora!Observemos este curto diálogo:“

– Boa tarde, posso ajudá-lo?

– Viva! Seria possível fazer uma revisão? Fiz muitos quilómetros com ele estes dias.

– O seu sotaque! O senhor não é português, pois não?

– Sou austríaco, o meu nome é Stephan Heinzner, sou médico psiquiátrico, estou a desenvolver alguns estudos no hospital Garcia de Horta. Estamos a implantar alguns recursos no desenvolvimento de uma eventual cura para esquizofrenia.

– Parece interessante, sempre achei curioso tudo que se esconde entre os labirintos da mente humana! Mas tudo bem, não lhe vou tomar mais tempo. Se quiser tomar um café aqui na esquina, dentro de meia hora o carro estará pronto para seguir.”

Aqui já encontramos um mecânico – k já nos tinha sido apresentado anteriormente – e um psiquiatra austríaco a trabalhar no nosso país.Porquê austríaco? Terá a ver com o psicopata Adolfo Hitler? Ou é alguma referência a Freud?E porquê um mecânico e não um mestre-de-obras? Terá a ver com a relação homem/ máquina?Aqui vos deixo já algumas pistas que poderão ou não seguir! Até porque a minha função aqui também é de baralhar e voltar a dar! Daí o melhor mesmo será comprarem o livro do Joel Flor.Evidentemente que o autor não quer apenas nos conduzir por um simples e recreativo passeio pela esquizofrenia, alucinações, demências e sonhos e pesadelos... no fundo existe a vida de todos nós com todas as suas contradições... a vida pessoal, a vida familiar, a vida profissional e a vida social.E existe o tempo, esse carrasco de todos os seres vivos!“Lembras-te no outro dia quando conversávamos, eu dizia que algo parecia estar errado na minha vida. Na verdade, a minha vida é perfeita, para qualquer homem que saiba dar valor ao que realmente importa, na minha situação tem tudo o que precisa. Quando tive estes últimos sonhos, apercebi-me que o que realmente temo é uma mudança, que o tempo leve qualquer uma dessas pessoas maravilhosas que fazem parte da minha vida. Esse é o meu maior medo… o tempo!– É a única coisa que não podemos contornar, o tempo.”Tal como vos prometi no início, não irei cair na tentação de vos desembrulhar toda a história e, como se costuma dizer, dar-vos a papinha toda feita! O leitor também tem trabalho a fazer!Mas de qualquer das formas não me quero despedir, sem lançar mais algumas achas para fogueira:Quantos de nós não se interrogaram já se esta realidade que vivemos é mesmo A realidade?E aquela velha pergunta que nos é apresentada ao passarmos pelo portão do hospital Júlio de Matos: os que estão lá dentro são os loucos? Os verdadeiramente loucos? E nós? Quem somos? O que somos? Máquinas de trabalho, máquinas registadoras, máquinas de procriar mais-valias para uma sociedade constantemente em chamada “evolução” e em que o único fim que nos está reservado é uma urna um pouco maior do que nós? Afinal quem é louco?E para terminar apenas vos deixo um pedido: este é um livro de viagens! Façam o favor de se sentarem e apertarem os cintos: O comandante Joel Flor e a sua tripulação saúda-vos e deseja-vos uma óptima viagem! Bem-vindos ao nosso Boeing baptizado como “Espírito Selvagem”. Boa viagem!






Texto de Gonçalo Oliveira



domingo, 6 de março de 2011

Lançamento do livro "Espírito Selvagem"

Em concreto ao livro que hoje apresentamos, este "Espírito Selvagem". Principal característica: imaginação, criatividade, engenho na construção de um cenário. Joel Flor como refere, e bem, em nota introdutória, lança a questão: "Como é que definimos o que é real e o que não existe? Quantas vezes temos a sensação que a rotina diária que seguimos durante anos nos traz de volta o momento em que tudo começou, como se acordássemos de um longo sonho? E se pudéssemos retroceder no tempo, reformular as nossas escolhas, escolher um novo percurso? E se ao retrocedermos libertássemos todos os cadeados da nossa mente, acordássemos de todos os sonhos e sub-sonhos que a nossa inconsciência produziu, e se ao fim desse longo percurso déssemos por nós num abismo, cercados pela escuridão, pela primeira vez tateando o mundo real, sentindo o vento bater no nosso rosto de um modo indescritível? Fim de citação.

O autor prepara o cenário, a história de fundo: um jovem num acidente de viação perde a namorada e sobrevive num estado vegetativo; nesse estado de subconsciência renasce para um cenário em que nada tinha acontecido e projecta uma sequela de vida, dando-lhe um curso normal.

Convenhamos que à partida a trama, o enredo da história é aliciante. Mais, a fronteira entre o ilusório e o real devanece-se porque desperta no leitor, inevitavelmente, auto-projecções. Todos nós perante encruzilhadas da vida tomamos as nossas opções, fruto de escolha ou de destino. E quantas vezes detemos a pensar como seria a nossa vida se, a dado passo, tivéssemos seguido o caminho A ao invés do caminho B?

Obviamente que este "Espírito Selvagem" não se limita a este enquadramento de cenário. Todo o livro, em termos de criatividade, se desenvolve, sólida e envolventemente com todas as personagens interligadas ao conflito central. Diria aliás que é um livro que se lê imparavelmente sem fôlego.

E agora, voltando ao que referi no início: caro Joel, não há formulas imparáveis para se alcançar o sucesso; contudo, afirmo-o com alguma experiência no campo editorial, que a originalidade, a desenvoltura e criatividade como contróis o alicerce de um romance, deste romance, cumpre o que o leitor espera quando compra um livro, Algo que surpreenda, que liberte a sua imaginação, que o faça pensar, que lhe proporcione desafios, que o envolva.
Caro Joel. Vais no caminho certo. Tudo mais será o destino.



Texto de Jorge Castelo Branco