terça-feira, 8 de março de 2011

Lançamento do livro "Espírito Selvagem"

Minhas Senhoras e meu Senhores, muito boa tarde!


Em primeiro lugar gostaria de vos agradecer a vossa presença e de igualmente agradecer ao autor Joel Flor por me ter honrado com o convite k me endereçou e apresentar-lhe pessoalmente os meus parabéns por esta sua obra, bem como agradecer Edium Editora na pessoa do seu Director Jorge Castelo Branco, assim como à incansável Isabel Fontes, que me dá o privilégio da sua Amizade!

Falar sobre espíritos e ainda por cima selvagens, não se me apresenta de todo uma tarefa fácil!Este livro k desejo antecipadamente venha a estar nas vossas mãos, para o poderem devorar, tal como eu o fiz, propõe-nos uma série de viagens, através de uma única... e aqui começará o nosso interesse a ser despertado!Tentarei não cair na tentação de desvendar o trama deste romance, o que também não será labor facilitado, mas aqui fica desde já a promessa!Entrar através da escrita no universo onírico, em patologias médicas que abarquem e tratem os insondáveis segredos da mente humana, tratar da vida real através dos sonhos/pesadelos que nós próprios criamos por diversíssimas razões, desde as mais banais e corriqueiras até às mais elaboradas, cheias de metáforas e de signos quase – ou aparentemente imperceptíveis e de difícil significação, é mais trabalho para um qualquer Hércules do que aparentemente para um simples mortal.Pois foi exactamente esse caminho tortuoso e cheio de espinhos a que Joel Flor se propôs e nos pretende conduzir através deste seu livro, “Espírito Selvagem”!Posso desde já adiantar-vos que esta não se trata de uma obra académica, cheia de definições e noções estranhas e de difícil compreensão, nem de palavras complicadas que vos levem a ter sempre à mão um dicionário de português.Entre os ou as personagens que irão polvilhar o nosso imaginário, poderemos encontrar mecânicos, uma família de classe média/baixa com os respectivos filhos e um médico psiquiatra. Todos estes/estas personagens são de uma densidade dramática perfeitamente arrebatadora!Observemos este curto diálogo:“

– Boa tarde, posso ajudá-lo?

– Viva! Seria possível fazer uma revisão? Fiz muitos quilómetros com ele estes dias.

– O seu sotaque! O senhor não é português, pois não?

– Sou austríaco, o meu nome é Stephan Heinzner, sou médico psiquiátrico, estou a desenvolver alguns estudos no hospital Garcia de Horta. Estamos a implantar alguns recursos no desenvolvimento de uma eventual cura para esquizofrenia.

– Parece interessante, sempre achei curioso tudo que se esconde entre os labirintos da mente humana! Mas tudo bem, não lhe vou tomar mais tempo. Se quiser tomar um café aqui na esquina, dentro de meia hora o carro estará pronto para seguir.”

Aqui já encontramos um mecânico – k já nos tinha sido apresentado anteriormente – e um psiquiatra austríaco a trabalhar no nosso país.Porquê austríaco? Terá a ver com o psicopata Adolfo Hitler? Ou é alguma referência a Freud?E porquê um mecânico e não um mestre-de-obras? Terá a ver com a relação homem/ máquina?Aqui vos deixo já algumas pistas que poderão ou não seguir! Até porque a minha função aqui também é de baralhar e voltar a dar! Daí o melhor mesmo será comprarem o livro do Joel Flor.Evidentemente que o autor não quer apenas nos conduzir por um simples e recreativo passeio pela esquizofrenia, alucinações, demências e sonhos e pesadelos... no fundo existe a vida de todos nós com todas as suas contradições... a vida pessoal, a vida familiar, a vida profissional e a vida social.E existe o tempo, esse carrasco de todos os seres vivos!“Lembras-te no outro dia quando conversávamos, eu dizia que algo parecia estar errado na minha vida. Na verdade, a minha vida é perfeita, para qualquer homem que saiba dar valor ao que realmente importa, na minha situação tem tudo o que precisa. Quando tive estes últimos sonhos, apercebi-me que o que realmente temo é uma mudança, que o tempo leve qualquer uma dessas pessoas maravilhosas que fazem parte da minha vida. Esse é o meu maior medo… o tempo!– É a única coisa que não podemos contornar, o tempo.”Tal como vos prometi no início, não irei cair na tentação de vos desembrulhar toda a história e, como se costuma dizer, dar-vos a papinha toda feita! O leitor também tem trabalho a fazer!Mas de qualquer das formas não me quero despedir, sem lançar mais algumas achas para fogueira:Quantos de nós não se interrogaram já se esta realidade que vivemos é mesmo A realidade?E aquela velha pergunta que nos é apresentada ao passarmos pelo portão do hospital Júlio de Matos: os que estão lá dentro são os loucos? Os verdadeiramente loucos? E nós? Quem somos? O que somos? Máquinas de trabalho, máquinas registadoras, máquinas de procriar mais-valias para uma sociedade constantemente em chamada “evolução” e em que o único fim que nos está reservado é uma urna um pouco maior do que nós? Afinal quem é louco?E para terminar apenas vos deixo um pedido: este é um livro de viagens! Façam o favor de se sentarem e apertarem os cintos: O comandante Joel Flor e a sua tripulação saúda-vos e deseja-vos uma óptima viagem! Bem-vindos ao nosso Boeing baptizado como “Espírito Selvagem”. Boa viagem!






Texto de Gonçalo Oliveira



2 comentários:

  1. Uma vez que se comece a ler, so se consegue parar no fim! É, por isso, bom ter tempo livre para ler este livro.
    Bom trabalho e continua assim!
    Parabéns!

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  2. Obrigado Nuno! Um grande abraço e continuação de boas leituras.

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